A paixão pelo futebol me acompanha desde infância, quando jogava bola em frente a residência dos meus pais, na Avenida Inocêncio Lima, numa época que ainda não se tinha asfalto. Por uma tradição familiar, e influência do meu pai, Pedro Pereira Sobrinho e do meu tio Zé Burgos, passei a torcer pelo Sport Clube Recife.
O fanatismo pelo futebol aumentava conforme ia crescendo e acompanhando os jogos do Campeonato Pernambucano. A rivalidade com os adversários se acirrava a cada vitória ou derrota.
Esse fanatismo passou a interferir até nos hábitos religiosos. Numa noite em que meus pais viajaram, tive que dormir com minha avó paterna Corina Pereira e com minha tia Auta Lins, ambas tiveram a missão de não deixar eu fazer xixi na cama durante toda noite.
O fanatismo pelo futebol aumentava conforme ia crescendo e acompanhando os jogos do Campeonato Pernambucano. A rivalidade com os adversários se acirrava a cada vitória ou derrota.
Esse fanatismo passou a interferir até nos hábitos religiosos. Numa noite em que meus pais viajaram, tive que dormir com minha avó paterna Corina Pereira e com minha tia Auta Lins, ambas tiveram a missão de não deixar eu fazer xixi na cama durante toda noite.
A cada duas horas, uma delas me acordavam, para urinar, e em seguida tinha que fazer uma oração. Durante a noite inteira seguiu esse ritual. Minha paciência de criança findava a cada vez que era acordado.
Já quase com o dia raiando, fui acordado para mais uma vez esvaziar a bexiga, como já tinha feito as orações do “Pai Nosso”, “Ave Maria”, “Credo”, “Salve Rainha”, restava rezar o “Sinal da Cruz”.
Ainda sonolento iniciei “Pelo Sinal da Santa Cruz...”, quando cheguei nessa parte, parei imediatamente, para surpresa das duas. Questionaram por que eu não continuava. Vovó Corina não se fez de satisfeita e insistiu perguntando o porquê de eu não querer rezar o Sinal da Cruz.
Sem pensar duas vezes respondi:
- Vó, eu sou torcedor do Sport, como é que eu vou rezar para o Santa Cruz. Rezo não.
- Vó, eu sou torcedor do Sport, como é que eu vou rezar para o Santa Cruz. Rezo não.
Paulo Peterson
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