Causos que minha querida mãe Noêmia Pereira Burgos conta.
Vivia na casa dos meus avós, desde de mocinha Auta Lins. Ela sofria de uma enfermidade na perna e seus pais deixaram ela aos cuidados dos meus avós. Auta era irmã de Marieta, Zé Lins, dona Nita (avó de Paula e Paulo Peterson), Diva e Francisquinha que faleceu jovem deixando dois filhos Socorro Costa e José conhecido por Zezinho de Diva.
Havia esse entrelaçamento entre as famílias Lins e Pereira, sendo perpetuado quando Pedro Pereira Sobrinho casou com Lenilda uma Lins. Era constante a presença da família Lins da Farmácia Pereira, pessoas honradas e pacificas. Auta Lins nossa Bata, Bá ou Batinha se alguém me pedir para definir com uma palavra, essa palavra é AMOR. Ela cuidava de todos com um sorriso generoso e boas palavras. Seu sobrinho Zezinho vivia conosco na Farmácia Pereira, amigo de infância dos meus irmãos.
Agora que entra o causo que minha mãe contou:
Minha vó dona Corina Marques Pereira resolveu criar porcos no terreno da família vizinho do japonês e deu a incumbência de Marcelo meu irmão e Zezinho de Diva alimentar os porcos. A lavagem era transportada numa lata de querosene de 18 litros, no meio da lata havia uma alça de madeira para facilitar na hora de suspender e abaixo da alça era colocado uma vara para cada um dos meninos segurar na sua extremidade e dividir o peso.
E assim minha vó juntava e recolhia resto de alimentos de sua casa e de vizinhos para seus porcos, certa que os animais estavam bem cuidados. Até que um dia uma senhora a procurou para dizer que Zezinho e Marcelo jogavam a lavagem ponte abaixo e os porcos ficavam famintos. Com certeza era melhor brincar nas ruas de Custódia do que entrar num chiqueiro eslameado e fedido para alimentar porcos .
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