Poemas para Custódia (1ª parte) - Miguel Pedrosa


Miguel Pedrosa 
Petrolina-PE
Fevereiro/2012

Eu conheço tua história um pouco e um tanto, e do pouco conheço o permitido, de um tanto eu sei pelo sentido, do que sei perceber de longo tempo.  Sei que alguns não conhecem no momento, do passado a longa trajetória, fragmentos cruéis de tua história, nem os pedaços de tuas alegrias.

Das passadas que busco no caminho nos arquivos alegres da infância, dos momentos retidos na lembrança, sentimentos de amor e de poesia. me parece ouvir a voz do sino anunciando o adeus dos falecidos, e as lágrimas dos seus entes queridos entre os muros cruéis do cemitério.

Tua história tão cheia de mistérios e os sons cochichados dos segredos, escondendo a verdade dos enredos, enroscados nas sombras do esquecido, são passagens remotas de agonias, separadas no espaço das distâncias, mas que insistem pulsar entre as lembranças na memória de alguns sobreviventes.

Hoje alegres os teus remanescentes, nos eflúvios alegres das baladas, nem sequer desconfiam que as calçadas e o solo que pisam distraídos, são registros de fatos esquecidos, são fantasmas de noites mal passadas.

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3 Comentários

Rogério Pessoa disse…
Parabéns pelo poema. Nos faz viajar nas lembranças de outrora...
Lindo poema.
Parabéns!
José Melo disse…
Paulo, sugiro recuperar outros textos de Miguel Pedrosa, já publicados no blog.

José Melo